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Apresentação

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NHUMBIÁ – CARTOGRAFIA DE FLAUTAS NO TERRITÓRIO BRASILEIRO é parte do Projeto de Pesquisa MÚSICOS, MÚSICA E INSTRUMENTOS: investigação da performance na música histórica e na música popular tradicional e do laboratório de Instrumentos Históricos e Populares Tradicionais da UDESC (Universidade do Estado de Santa Catarina), coordenados pela flautista e professora Valeria Bittar. Este projeto de pesquisa transdisciplinar aborda questões inerentes à performance da música popular tradicional, em sua maioria realizada no território brasileiro e suas intersecções com a música histórica, principalmente a música da Idade Média e da Renascença europeias. Investiga caminhos trilhados pelos fazedores, os performadores artistas destas tradições, tanto com relação à ação em si (performance – ato), quanto às múltiplas ferramentas que dão forma às ações e questões referentes ao “como” fazer o feito – técnica/tékhne.

O Projeto elabora ações que interseccionam a pesquisa tanto no âmbito do ensino, quanto da extensão. Dentre essas ações-intersecções o Projeto de Pesquisa deu mais um passo ao elaborar uma Cartografia de flautas no território brasileiro – aerofones no Brasil: seus agentes, seus instrumentos e suas músicas. A divulgação dessa cartografia pretende trazer  informações que possam servir de apoio a professoras/es e alunas/os (âmbito escolar e universitário), junto ao ensino e ao aprendizado da performance dos instrumentos de sopro, de maneira geral e às flautas especificamente.

Nesse primeiro momento apresentamos 5 trabalhos de pesquisadores que investigaram culturas de flautas em diferentes regiões do Brasil, tanto de comunidades tradicionais não exclusivamente indígenas, que trazem manifestações musicais onde as flautas ocupam um lugar de relevância artística, musical e social, quanto de comunidades tradicionais dos povos originários que ocupam o território brasileiro e que têm as flautas como instrumentos presentes, fundamentais, no cotidiano musical, como também na esfera mítica.

Estes 5 trabalhos de investigações etnomusicológicas são fruto de teses, dissertações e livros e são apresentados pelas/os pesquisadoras/es no website NHUMBIÁ – CARTOGRAFIA DE FLAUTAS NO TERRITÓRIO BRASILEIRO, em forma de vídeo-aulas:

Acácio T. C. Piedade – As flautas sagradas dos Povos Tukanos (flautas Jurupari e Japurutu, região do Alto Rio Negro, no Noroeste Amazônico) e do Povo Wauja (flautas kawoká Alto Xingu).

Ana Paula Ratto de Lima Rodgers – Os sopros sagrados do Povo Enawene Nawe (Mato Grosso)

Bruno Del Neri Batista Menegatti – Canudos do Sertão Baiano (Bahia)

Climério de Oliveira Santos – Gaitas de Cabocolinho da Zona da Mata (Pernambuco)

Daniel de Lima Magalhães – Pífanos e Gaitas de Minas Gerais

Para que as pesquisas aqui apresentadas e para que o web site NHUMBIÁ – CARTOGRAFIA DE FLAUTAS NO TERRITÓRIO BRASILEIRO, pudesse ser realizado, o Projeto contou com a premiação por parte do edital Campus de Cultura (Pró-Reitoria de Extensão e Cultura UDESC), como também através do Projeto de Ensino PRAPEG CEART (2019).

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Canudos do Sertão da Bahia

Foram estudados pelo músico e etnomusicólogo Bruno Del Neri Batista Menegatti os conjuntos da região do Sertão Canudense (Norte da Bahia). 

Originalmente, as gaitas dessa região eram construídas com o bambu denominado taboca, mas atualmente são feitas, em sua maioria, de PVC. As gaitas possuem um bloco, também denominado birro e bisel, encaixado na sua parte superior, onde será soprado, formando a coluna de ar que produzirá o som, seguindo a mesma mecânica dos apitos e das flautas doce europeias. 

Pífanos e Gaitas de Minas Gerais

Ao Norte de Minas Gerais, na região do rio Jequitinhonha, próximo às cidades de Capelinha, Minas Novas, Angelândia e Setubinha, foram amplamente investigadas pelo músico e etnomusicólogo Daniel de Lima Magalhães  os canudos, taquaras e gaitas, flauta longitudinal de bloco, em sua maioria, que compõem os grupos musicais chamados de marujada ou banda de taquara.

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Gaitas de Cabocolinho da Zona da Mata de Pernanbuco

As flautas que compõem o folguedo/dança dramática chamado Caboclinho, trazidas a público através do livro Cabocolinho, fruto de dissertação de mestrado defendida pelo etnomusicólogo Climério de Oliveira Santos. Na Zona da Mata pernambucana é onde se encontra, provavelmente, a maior incidência dos grupos, compostos por uma grande variedade de instrumentos de percussão, uma gaita, dançarinos que representam guerras e lutas, trajando indumentárias que representam plumagens indígenas.

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Sudoeste Amazônico

Um estudo acústico-ritual dos povos que habitam a região onde é hoje o noroeste de Mato Grosso e Rondônia.
Estudo da polifonia musical da ritualística Enawene Nawe.

Noroeste amazônico

Este é um estudo exploratório da música dos Ye’pâ-masa, grupo indígena conhecido como Tukano da região do Alto Rio Negro, no Noroeste Amazônico. Pretende-se enriquecer os dados existentes na literatura etnológica da região com informações mais densas sobre o sistema musical Ye’pâ-masa, apresentando classificações nativas para os seus gêneros musicais.

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