Bruno Menegatti
Estudou violão na Fundação das Artes de São Caetano do Sul de 1999 a 2002 e na Escola Municipal de Música de 2002 a 2005. Aos 17 iniciou o aprendizado da viola de arco. Como Professoras teve: Paola Picherzky e Rosemeri Parra ao violão e na regência teve a orientação de Naomi Munakata (Coro da OSESP).
Foi aluno no curso de Licenciatura em Música pela Universidade de São Paulo (USP) em 2005. Desde essa época pesquisa a rabeca tradicional brasileira.
Tem como mestres os tocadores de pífanos de Canudos na Bahia, Mestre Gobira, Bibito, Olímpio, Landinho da Pé-de-Bode e Rato Branco. Na rabeca, foi discípulo de seu Nelson da Rabeca.
Participou de vários festivais e encontros de música e atuando como produtor no V Encontro Nacional de Compositores Universitários e na II Semana de Ensaios Musicais na ECA-USP. De 2006 a 2010 participou como Educador no Instituto Brasil Solidário, realizando oficinas musicais com alunos e professores de escolas públicas em cidades do Centro-Oeste e Nordeste.
Em 2010 iniciou o mestrado em música pela USP que concluiu em 2012 sob orientação de Marcos Lacerda, realizando pesquisa sobre as Bandas de Pífanos da Bahia na região de Canudos.
Como compositor realizou trilhas para teatro, integrando a Cia. Dos Ditos Cujos de Teatro e os espetáculos “Amor que é de mentira ou mentira que é de Amor” (PROAC 2008) e “Gazinha” (2011) com temporada no Centro Cultural São Paulo. Também participou como músico convidado em projetos da Cia. do Latão “Ópera dos Vivos” (2011) e “Patrão Cordial” (2012), do premiado musical “Lampião e Lancelote” (2013-2014) baseado na obra de Fernando Vilela e com trilha sonora de Zeca Baleiro e atualmente em temporadas da peça “Cais ou da Indiferença das Embarcações” (2015-2016) da Velha Companhia. Foi formador do curso de sonoplastia da SP Escola de Teatro (2012 a 2014).
Foi contemplado no Edital da Funarte Prêmio Interações Estéticas 2009 - Residências Artísticas em Pontos de Cultura e realizou o projeto no Ponto de Cultura Sons de Canudos (BA) com o grupo Mulungu. O projeto Novos toques, novas sonoridades efetivou a troca de experiências com mestres da cultura popular, a criação musical, oficinas de iniciação com crianças e jovens, e apresentações musicais nos povoados da região.
Como intérprete da viola de arco e integrou a Vintena Brasileira dirigida por André Marques de 2013-2015 e com esse grupo participou da gravação do disco “Bituca” (2014) em homenagem a Milton Nascimento.
Realizou a captação de áudio do documentário Fandangos Caipiras (2013) e a pesquisa para o documentário Recomenda das Almas de Angatuba (2016) ambos contemplados pelo PROAC.
Com o Ser Tão Trio gravou o disco “Caipira Urbano” (2014) com repertório de música autoral e com a direção musical do violeiro Ivan Vilela. O projeto foi financiado por campanha de crowndfunding pelo site catarse. Em 2016 finalizou a gravação do disco “Galope aos Quatro Ventos” parceria com o poeta e cantador Zaca de Oliveira. O disco inteiramente de canções autorais foi gravado por Henrique Villas Boas e teve a participação dos músicos Gustavo Sarzi (acordeom), Enrique Menezes (flautas), Fi Maróstica (baixo) e João Fideles (bateria). Junto a esses dois formou o MatuTri em 2015.
Em 2016 passou a ser professor concursado de percepção musical no Conservatório Estadual Juscelino Kubischeck de Pouso Alegre.Em 2018 participou como diretor musical dos espetáculos “A padaria” do coletivo Tela Suja que produziu uma peça e um filme média metragem (Pão e gente) e do espetáculo “Epidemia Prata” da Cia Mungunzá com temporada no Sesc 24 de maio e Teatro de Contêiner. Atua como músico e diretor musical do espetáculo Casa Submersa da Velha Companhia.
Atualmente integra diversos grupos como o Ser Tão Trio de pesquisa e criação em música
brasileira; o MatuTri de experimentação com baixo acústico e bateria; o Calango Cego com o sanfoneiro e ator Gustavo Sarzi; o Foliarco com o pianista e sanfoneiro Daniel Grajew; a Caravana Solidão com o violeiro Fabio Miranda; o Imbira Duo com o violonista Anderson Chizzolini; o Galope aos quatro ventos com o poeta e cantador Zaca de Oliveira; o Yaqin Ensemble de pesquisa de música árabe, turca e dos balcãs; o Quinteto Aralume de pesquisa de música armorial e o trabalho de música latino-americana do cantautor paraguaio Nicolás Sallaberry.
Integra a Associação Zona Franca, espaço cultural sediado no Bixiga desde 2017 com gestão participativa de um núcleo de artistas e educadores. Realiza a gestão do espaço e programação artística com foco nos processos criativos, educação e sustentabilidade.